terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Universitários denunciam más condições da Casa do Estudante

Os universitários do interior do estado que precisam estudar em Belém reclamam das más condições da residência estudantil do Pará, localizada na avenida 16 de Novembro, no bairro de Batista Campos, em Belém. A Universidade Federal do Pará (UFPA) informou que não tem nenhum vínculo com essa casa do estudante.
A Secretaria de Educação do estado (Seduc) também disse que não tem nenhum vinculo com a residência. Uma ação proposta pelo Ministério Público do Estado (MPE) busca definir de quem é a responsabilidade do local.
De acordo com os universitários, o esgoto da residência passa pelos alojamentos e a cisterna. O local deveria servir para que todos retirassem água para beber e cozinhar, mas não passa por uma limpeza há três anos. “A gente usa água da cisterna só para lavar roupa e para tomar banho, mas não é muito confiável”, reclama o estudante Edson Duarte.
As obras teriam começado em 2012 e até agora não foram retomadas. (Foto: Reprodução/TV Liberal)Obras teriam começado em 2012 e até agora não
foram retomadas.
Os estudantes dizem ainda que tem que lidar com os riscos de desabamento do local e, por isso, eles tiveram que fechar uma sala onde funcionava um consultório dentário. Além disso, um pedaço do forro, que está todo comprometido, caiu e feriu um aluno.
Por causa desses problemas, a segurança da casa também está vulnerável. “Já aconteceu de entrarem nos alojamentos e roubarem os pertences dos moradores”, relembra o presidente da casa do estudante, Nathan Ncuago.
Segundo os universitários, a casa do estudante existe há quase 60 anos e é uma instituição Público Privada. Isso significa que, por lei, o estado deveria repassar recursos para a manutenção do local, o que não estaria ocorrendo há cinco anos.
Para tentar resolver esse problema, os moradores da casa do estudante foram ao Ministério Público do Pará denunciar a situação. “A nossa esperança é de reativar esse convênio, que é de total importância para a casa”, diz um estudante.
Universitários enfrentam dificuldades
O estudante Warley Fontel é do município de Salinópolis, no nordeste do Pará, e estudou a vida inteira em escola pública. Há um ano e meio o jovem realizou o sonho de entrar para a Universidade Federal do Pará (UFPA). “A universidade é pública, mas não é 100% gratuita porque você tem gastos com transporte, alimentação e material”, revela Warley, que precisa dividir um kit net com dois amigos para diminuir as despesas.
“Eu acabo tendo que cortar alguns gastos que eu considero essenciais como um curso de inglês, que facilitaria bastante”, diz o estudante Denis Miranda.
Casa do estudante da UFPA
Além disso, a construção da casa do estudante da Universidade Federal do Pará continua parada. As obras teriam começado em 2012 e até agora não foram retomadas.
De acordo com os estudantes, a construção que é de responsabilidade da UFPA está completamente abandonada. “Mais de 50% dos meus gastos hoje é com moradia. Então,  tendo essa casa do estudante ", eu poderia investir em outras coisas de necessidade para mim”, ressalta Warley Fontel.
Sobre as obras da casa do estudante da UFPA, a universidade informou que está em processo de rescisão de contrato com a empresa responsável pela obra por causa do descumprimento de prazos e que já está em andamento uma nova licitação para a conclusão do espaço.
A instituição informou ainda que possui uma casa de estudante na avenida Quintino Bocaiúva, onde vivem 20 jovens universitárias. Além disso, a UFPA disse que existe um programa de apoio para a moradia estudantil chamado de “Bolsa Permanência”, que dispõe de uma ajuda de custo para que os universitários possam alugar espaços para moradia.

Suspeitos de tentativa de fraude durante concurso são soltos no PA

Suspeitos de tentar fraudar concurso dos Bombeiros são presos em Belém (Foto: Reprodução/TV Liberal)
Das 49 pessoas detidas por tentativa de fraude em certame de interesse público durante a prova do concurso dos bombeiros, no último domingo (24), em Belém, 46 já foram soltas após pagar fiança no fim da tarde desta segunda-feira (25).

De acordo com a Polícia Civil, apenas três pessoas permanecem presas por falsificação de documentos, financiável apenas perante ao Poder Judiciário. Um vídeo que circula na internet flagrou o momento em que as 49 pessoas estavam reunidas em um sala de aula, de uma escola no bairro do Tenoné, repassando as respostas para candidatos durante as provas.
Nas imagens é possível ver que as pessoas estavam usando celulares e fones de ouvido, e o gabarito das questões estava escrito no quadro da sala. Segundo a Secretaria de Estado de Admistração (Sead), a quadrilha alugou a escola alegando que seria utilizada para uma festa e começou a repassar as questões aos candidatos após o mentor do crime se basear em um dos tipos das provas elaboradas pela organização do concurso.
Como funcionava a fraude
A quadrilha se comunicava com candidatos através dos toques de celular correspondentes às supostas alternativas corretas da prova. Cada toque correspondia a uma opção de resposta: se a alternativa correta fosse a letra A, o telefone iria vibrar uma vez, e se fosse a letra E seriam cinco vibrações.
A Secretaria informou nesta segunda-feira (25) em entrevista coletiva que o concurso dos bombeiros não será anulado, pois o gabarito encontrado com os suspeitos, daria aos candidatos apenas sete acertos em relação a um dos tipos de prova. Logo, eles não teriam o acerto de 50% que é o mínimo para os candidatos serem aprovados na prova objetiva, em nenhum dos quatro modelos de prova utilizados.
Ainda segundo a Sead, os candidatos conseguiram passar pelo detector de metal com os aparelhos celulares na virilha, pois os mesmos não acinavam o detector, e em casos de concursos públicos, não é permitido que a segurança apalpe os candidatos.
A polícia ainda busca identificar os candidatos que teriam pagado à quadrilha pelas respostas. De acordo com a polícia, o valor pago por cada candidato foi de cerca de 5 a 8 mil reais.